A EXISTÊNCIA DE DEUS E SUA IMPORTÂNCIA ÉTICA


Afirmar a existência de um Deus que exige certo tipo de conduta dos homens pode ser altamente desconfortável para uma sociedade acostumada a estabelecer valores e padrões éticos partindo de si para si mesmos. Até um existencialista pôde ver tal absurdo.

Foi Jean Paul Sartre quem coloca que, se um ponto finito não tiver um ponto de referência infinito, torna-se sem sentido e absurdo. A menos que haja algum leitor que não se encaixe na categoria “finito” (me informe de imediato se for o caso), nos encaixamos na proposição do dito filósofo! Como Francis Shaeffer diz: “A finitude do homem é a sua limitação; ele não consegue ser um ponto de referência suficiente para si mesmo”. Mas há quem tente...

Por exemplo, Carl Marx negava a existência de quaisquer princípios eternos e imutáveis sobre os quais um sistema ético possa fundamentar-se, uma vez que as próprias idéias se encontram em contínuo estado de mudança. Não acreditava em princípios universais, pare ele os conceitos humanos do que seja certo ou errado são determinados pela estrutura econômica que eles formam a parte. Isto os acaba por levar a construir um sistema pragmático e totalmente corrompido.

A noção de Deus, eticamente falando, é aterradora por si só. Ela nos conduz inevitavelmente a “levá-lo em conta”, pois pedirá conta de nossas atitudes.

Como o mundo caminha caminhos tortos, diferentes dos propostos pelo bondoso Criador, sua estratégia focaliza-se nas constantes tentativas de “matar Deus”, como afirmou o já morto filósofo existencialista Friedrich Nietzsche, no poema O Louco.

Com Deus fora da arena do mundo, fica permitido pensar, agir e falar qualquer coisa, pois o máximo que nos pode acontecer é virar-mos poeira cósmica. Mas isto não instila no coração de ninguém responsabilidade e compromisso com uma ética cristã, ou qualquer que seja.

Já a consideração de Deus força o coração rebelde a considerar seus caminhos e confrontar estes caminhos com o Caminho, a Verdade e Vida.

Não nos enganemos! Deus existe! Não como diz o matuto: “Deus existe em nossos corações...” Deus existe mesmo, e está aí, quer creias, quer não! Ele exige conformidade com Sua lei. Esta conformidade é a ética que Deus exige!

Jesus reafirmou a necessidade de cumprir-se à risca a ética do Reino de Deus. Sem a consideração da existência de um Deus soberano, legislador, não há como estabelecer um padrão que valha para além do meu universo chamado “eu”. A ética só faz algum sentido real porque Deus existe!

Se não há Deus, ficamos sem norte, sem rumo; sem Deus... Mas um Deus, o Único e Suficiente, e com Ele, temos Cristo, e em Cristo, temos paz com Deus. Agora podemos agir com uma verdadeira ética coerente com a Palavra de Deus porque Ele envia seu Espírito Santo para em nós habitar e nos habilitar para toda boa obra.

Comentários

Anônimo disse…
Olá Jônatas, "belas palavras de vida". Gosto de uma crítica de Van Til quando analisa a proposição: "teísmo-grego", ou seja, uma outra referência de Deus, numa outra cultura e noutra religião. Sua resposta é: como falar de teísmo numa religião que ignora a revelação de Deus? A queda do homem? A salvação em Cristo Jesus?

Abraços,
Mauro F.F.
Caro Mauro,
Suas perguntas são importantes; mas quase ninguém as faz... Quando falamos do evangelho a uma cultura secularizada e pós-cristã como a nossa, sem perguntar-se como fazer para interagir neste contexto, estamos procurando meios de frustrar nosso empreendimento evangelístico. Deus é sempre o ponto de referência. Você é a favor. O ouvinte pode ser contra. É como estar num muro e gritar para o que passa na rua: a referência é o muro, um tá em cima, o outro embaixo. A questão que levanto é: qual é a implicação da existência do muro? O meio é relembrar a importância ética, moral e epistemológica da existência de absolutos infinitos e universais. É mostrar a implicação ética da existência de um Deus pessoal, que se revela, e está aí! Grato pelo comentário... abcs
Anônimo disse…
Oi, Jônatas,
Ficou graficamente ótimo! Estou enviando os sites que lhe prometi via e-mail.

abs
britto
Anônimo disse…
Da Ciencia á Fé e da Fe´ á Ciencia:



Sobre Genesis ou Origem:
Uma Decada tem mais de cem seculos , dez bilhoes de vozes e um unico eco, mil e uma noites num mero segundo poucos trilhoes de silencio em um unico ponto.

Sobre Universo e Tempo (Deus e Etica)
Quando se conta atomos é ótimo, a hora fica interminavel num unico atomo, e nao se chega a nenhum lugar e apenas se volta ao mesmo volume.

Para vossa Classificacao:
Um só dia tem bem mais que déz decadas num rustico eco, a maior biblioteca da luz do segundo, nenhum consenso até quando nos faltará silencio.
gerson.lima disse…
Jonatas, para sua interpretacao

Da Ciencia a Fé e da Fé à Ciencia:

Da Criacao (Genesis)
Uma Decada tem mais de cem seculos , dez bilhoes de vozes e um unico eco, mil e uma noites num mero segundo poucos trilhoes de silencio em um unico ponto.

Do Tempo
Quando se conta atomos é ótimo, a hora fica interminavel num unicoatomo, e nao se chega a nenhum lugar e apenas se volta ao mesmo volume.

Do Universo - Deus
Um só dia tem bem mais que déz decadas num rustico eco, a maior bibliotecada luz do segundo, nenhum consenso até quando nos faltará silencio