Reflexões de Páscoa – Toda história tem um começo!
Enquanto no mundo, paralelo ao significado real do que seja a Páscoa cristã, as pessoas buscam por doces e coelhos “ovíparos”, às raias de um coma hiperglicêmico, comemoramos a Páscoa. Essas pessoas, alheias, não sabem que ao perderem o real sentido da Páscoa, perdem para si mesmas as condições de transformação de vida que só a mente renovada pelo entendimento correto, concedido pelo Espírito Santo, pode dar.
Falando de Páscoa...comecemos com o fato de que nos tempos de Jesus já se comemorava a Páscoa. De fato ela não tem seu nascedouro na Palestina dos tempos de Herodes. Não, ela nasce tempos antes, com Moisés. A sua Páscoa tem muito que aprender com como a Páscoa foi instituída lá com Moisés!
O texto Moisaico que registra o evento é Êxodo 12 [as referências todas dizem respeito a este capítulo, salvo porém indicação em contrário]. Gostaria de poder postar todo o texto bíblico, mas isso tornaria o post bem maior do que já é! Vou contar com a bondade de cada um na leitura das Sagradas Letras que podem torná-lo sábio para a salvação...
Primeiro, firmemos e deixemos claro: este é um texto sobre Jesus. Segundo, qualquer texto sobre Jesus lhe diz respeito: ele fez o que fez por você!
O texto nos conta que antes do envio da última e mais terrível das pragas, O Senhor vem a Moisés com vistas a que ele prepare o povo para os acontecimentos que se seguirão. O Senhor, conforme já havia indicado algumas vezes (vs.22 e 23; 11:5) iria mandar o Destruidor para ceifar a vida dos primogênitos da nação Egípcia, conforme se lê: “Porque naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.”
O conteúdo da história é facilmente inteligível pela simples leitura da narrativa. Já as suas lições... Note alguns detalhes enriquecedores:
Este povo deveria preparar um imaculado cordeiro ou cabrito de um ano no crepúsculo da tarde (vs.6). As indicações diretas de Deus mandavam que o animal imolado fosse comido assado, com pães asmos e ervas amargas. Com respeito ao amargor da escravidão no Egito, devidamente simbolizado pelos acompanhamentos, é facilmente perceptível. Mas e quanto ao animal, que deveria ser comido todo?!?! A cabeça, as pernas e a fressura! Para se comer este animal nada de frescura: era pra comer até à fressura! (não resisti...!). As entranhas, as pernas e até a cabeça fariam parte do jantar. Tudo com respeito ao cordeiro deveria ser comido, e caso sobrasse alguma coisa, ela seria queimada. (vs.10).
Também é indicado que este dia seria em memória dos atos poderosos de Deus. Este memorial seria celebrado por gerações sem fim até seu cumprimento cabal, ocorrido em Cristo, devo adiantar! (cf. vs.14). Este memorial, entretanto, não foi instituído simplesmente para ser um ritual, mas para ser uma preciosa lição espiritual prática. Durante todo o tempo, o Senhor tem a preocupação que estes eventos não se percam nas páginas da história, mas continue vivo na lembrança dos mais moços, via ensino paternal, cuidadoso, bem explicado e diligente (Cf. vs.8,14 e 27). Eles não estavam celebrando uma cerimônia, mas comemorando, pela fé, um evento histórico real, com conseqüências visível e factíveis: Eles foram REALMENTE salvos!
Ele deveria também, imolar a Páscoa! Não sair pro shopping mais próximo na busca pela promoção de chocolates de preços exorbitantes, mas sujar-se com sangue e ensangüentar os umbrais de suas portas e janelas, para não ver morrer seus filhos primogênitos. Das portas para dentro da casa dos israelitas, a Páscoa foi uma celebração, mas o foi pela morte vicária e substitutiva do cordeiro (ou cabrito) pascal. Festa para uns – morte para outros! Eles não sofreram dano porque o cordeiro foi imolado – morreu – no lugar deles. (Um por todos!). Talvez aqui se veja o significado mais belo da páscoa. Como Páscoa significa passagem, e Ex. 12.3 diz que quando o Senhor visse o sangue, ele passaria por eles, e eles não sofreriam dano, vemos a misericórdia divina em ação (Cf.tb.Salmo 15).
E num ato de fé, deveriam comer esta Páscoa apressadamente! Por que? E deveriam comer preparados para sair, com “lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão” (cf. Ex.12.11). Deus havia prometido que sairiam. Seria naquela mesma noite? Sim, foi exatamente o que aconteceu!
Num rápido cálculo, de um leigo cozinheiro, o cordeiro a preparar desde o entardecer, só ficaria pronto mesmo tarde da noite. Diz a Escritura que foi à meia noite que o reboliço começou (Ex. 12.29).
Enquanto o Egito pranteava seus primogênitos e contabilizavam o grave estrago financeiro, psicológico e familiar, os Israelitas apressadamente jantavam, fortalecendo-se para uma viajem que nem sabiam deveriam empreender. Por ordem de Faraó, o mesmo que tão obstinadamente se negara inúmeras vezes a ceder, os israelitas foram convidados a se retirar, com urgência, das terras egípcias.
Lembrando que, em Ex 3.21-22 Deus havia prometido que eles iriam “despojar” os Egípcios, ainda falta isso acontecer para partirem. Como isso se sucederia? Imagine a cara de espanto de Moisés ao ouvir aquilo pela primeira vez! Agora imagine o mesmo Moisés e demais compatriotas incrédulos, pedindo aos egípcios objetos de prata, de ouro e roupas, e encontrando da parte deles favor, “de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios” (Ex. 12.35.36). A promessa foi cumprida!
O texto finaliza com uma nota interessante: a Páscoa era “para” Israel. Se um hospede desejasse celebrar a Páscoa do Senhor, ele deveria ser circuncidado (fazendo parte, agora, do povo de Israel) e “então, se chegará, e a observará, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela” (vs. 48).
Imagino que já tenhas visto as analogias. Então aí vai:
A obra completamente consumada de Jesus Cristo deve ser aceita plenamente. É uma impossibilidade real ser um calvinista de quatro ou três pontos; ou então fazer da teologia um menu de opções credais e escolher, do que se oferece, as partes que mais lhe agradam ao paladar espiritual e fazê-las suas crenças pessoais. A obra consumada de Cristo deve ser aceita até à fressura! Justamente porque esta obra (toda, completa) faz com que Deus passe por sobre nossos pecados, enxergando somente o sangue de Jesus sobre nós.
Por isso celebramos a Santa Ceia em memória dele. Não é um cerimonial ritualístico tradicionalista. Antes é uma celebração que conta com a presença real de Jesus, que festeja uma salvação real, com evidências reais na vida de cada salvo celebrante. E fazemos isso ensinando nosso filhos; que crescem ansiosos por se tornarem participantes desta bênção, tão logo discirnam o que acontece, para comer dignamente a Ceia do Senhor.
O sacrifício do cordeiro, tanto o do Antigo (Ex. 12) quando do Novo Testamento (Cristo) era mais do suficiente para os que participaram dele. Mas eficiente somente para os eleitos do Senhor. Lembre-se que as sobras que poderiam alimentar outros, não poderiam da casa (cf. Ex. 12.10 e 46).
Cristo vindo inverte graciosamente a ordem: Na noite da libertação, o povo israelita saiu livre; mas Cristo, na noite em que foi traído, institui a Santa Ceia, que aponta para a manhã de Páscoa, a manhã da ressurreição, onde todos os tipos do Antigo Testamento se viram finalmente cumpridos. E agora, ao nascer do sol, o Sol da Justiça brilhava ressurreto, cumprindo as promessas de salvação cabalmente... Imagine a cara das “Marias”, quando ouviram pela primeira vez da ressurreição, e as mesmas faces comovidas pela indescritível alegria de ouvir novamente aquela doce e familiar voz a dizer-lhes: “Salve! Não temais! Ide avisar a meus irmãos...” (Mt. 28.10).
Os benefícios da morte salvadora de Jesus, porém, tal como Exôdo 12 indica, são exclusivos: somente aos que crêem! Você não pode participar dos efeitos, benefícios e alegrias advindos da Páscoa, sem fé em Jesus Cristo, “O cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo. 1.29).
O que Cristo fez por você é grandioso, belo, maravilho, redentor, e precisa ser corretamente entendido. A Páscoa cristã festeja a maravilhosa graça da Salvação! Transforme sua Páscoa. Transforme sua vida. Creia e carregue a Páscoa com você, em seu coração!
Feliz Páscoa!
Falando de Páscoa...comecemos com o fato de que nos tempos de Jesus já se comemorava a Páscoa. De fato ela não tem seu nascedouro na Palestina dos tempos de Herodes. Não, ela nasce tempos antes, com Moisés. A sua Páscoa tem muito que aprender com como a Páscoa foi instituída lá com Moisés!
O texto Moisaico que registra o evento é Êxodo 12 [as referências todas dizem respeito a este capítulo, salvo porém indicação em contrário]. Gostaria de poder postar todo o texto bíblico, mas isso tornaria o post bem maior do que já é! Vou contar com a bondade de cada um na leitura das Sagradas Letras que podem torná-lo sábio para a salvação...
Primeiro, firmemos e deixemos claro: este é um texto sobre Jesus. Segundo, qualquer texto sobre Jesus lhe diz respeito: ele fez o que fez por você!
O texto nos conta que antes do envio da última e mais terrível das pragas, O Senhor vem a Moisés com vistas a que ele prepare o povo para os acontecimentos que se seguirão. O Senhor, conforme já havia indicado algumas vezes (vs.22 e 23; 11:5) iria mandar o Destruidor para ceifar a vida dos primogênitos da nação Egípcia, conforme se lê: “Porque naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor.”
O conteúdo da história é facilmente inteligível pela simples leitura da narrativa. Já as suas lições... Note alguns detalhes enriquecedores:
Este povo deveria preparar um imaculado cordeiro ou cabrito de um ano no crepúsculo da tarde (vs.6). As indicações diretas de Deus mandavam que o animal imolado fosse comido assado, com pães asmos e ervas amargas. Com respeito ao amargor da escravidão no Egito, devidamente simbolizado pelos acompanhamentos, é facilmente perceptível. Mas e quanto ao animal, que deveria ser comido todo?!?! A cabeça, as pernas e a fressura! Para se comer este animal nada de frescura: era pra comer até à fressura! (não resisti...!). As entranhas, as pernas e até a cabeça fariam parte do jantar. Tudo com respeito ao cordeiro deveria ser comido, e caso sobrasse alguma coisa, ela seria queimada. (vs.10).
Também é indicado que este dia seria em memória dos atos poderosos de Deus. Este memorial seria celebrado por gerações sem fim até seu cumprimento cabal, ocorrido em Cristo, devo adiantar! (cf. vs.14). Este memorial, entretanto, não foi instituído simplesmente para ser um ritual, mas para ser uma preciosa lição espiritual prática. Durante todo o tempo, o Senhor tem a preocupação que estes eventos não se percam nas páginas da história, mas continue vivo na lembrança dos mais moços, via ensino paternal, cuidadoso, bem explicado e diligente (Cf. vs.8,14 e 27). Eles não estavam celebrando uma cerimônia, mas comemorando, pela fé, um evento histórico real, com conseqüências visível e factíveis: Eles foram REALMENTE salvos!
Ele deveria também, imolar a Páscoa! Não sair pro shopping mais próximo na busca pela promoção de chocolates de preços exorbitantes, mas sujar-se com sangue e ensangüentar os umbrais de suas portas e janelas, para não ver morrer seus filhos primogênitos. Das portas para dentro da casa dos israelitas, a Páscoa foi uma celebração, mas o foi pela morte vicária e substitutiva do cordeiro (ou cabrito) pascal. Festa para uns – morte para outros! Eles não sofreram dano porque o cordeiro foi imolado – morreu – no lugar deles. (Um por todos!). Talvez aqui se veja o significado mais belo da páscoa. Como Páscoa significa passagem, e Ex. 12.3 diz que quando o Senhor visse o sangue, ele passaria por eles, e eles não sofreriam dano, vemos a misericórdia divina em ação (Cf.tb.Salmo 15).
E num ato de fé, deveriam comer esta Páscoa apressadamente! Por que? E deveriam comer preparados para sair, com “lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão” (cf. Ex.12.11). Deus havia prometido que sairiam. Seria naquela mesma noite? Sim, foi exatamente o que aconteceu!
Num rápido cálculo, de um leigo cozinheiro, o cordeiro a preparar desde o entardecer, só ficaria pronto mesmo tarde da noite. Diz a Escritura que foi à meia noite que o reboliço começou (Ex. 12.29).
Enquanto o Egito pranteava seus primogênitos e contabilizavam o grave estrago financeiro, psicológico e familiar, os Israelitas apressadamente jantavam, fortalecendo-se para uma viajem que nem sabiam deveriam empreender. Por ordem de Faraó, o mesmo que tão obstinadamente se negara inúmeras vezes a ceder, os israelitas foram convidados a se retirar, com urgência, das terras egípcias.
Lembrando que, em Ex 3.21-22 Deus havia prometido que eles iriam “despojar” os Egípcios, ainda falta isso acontecer para partirem. Como isso se sucederia? Imagine a cara de espanto de Moisés ao ouvir aquilo pela primeira vez! Agora imagine o mesmo Moisés e demais compatriotas incrédulos, pedindo aos egípcios objetos de prata, de ouro e roupas, e encontrando da parte deles favor, “de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egípcios” (Ex. 12.35.36). A promessa foi cumprida!
O texto finaliza com uma nota interessante: a Páscoa era “para” Israel. Se um hospede desejasse celebrar a Páscoa do Senhor, ele deveria ser circuncidado (fazendo parte, agora, do povo de Israel) e “então, se chegará, e a observará, e será como o natural da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela” (vs. 48).
Imagino que já tenhas visto as analogias. Então aí vai:
A obra completamente consumada de Jesus Cristo deve ser aceita plenamente. É uma impossibilidade real ser um calvinista de quatro ou três pontos; ou então fazer da teologia um menu de opções credais e escolher, do que se oferece, as partes que mais lhe agradam ao paladar espiritual e fazê-las suas crenças pessoais. A obra consumada de Cristo deve ser aceita até à fressura! Justamente porque esta obra (toda, completa) faz com que Deus passe por sobre nossos pecados, enxergando somente o sangue de Jesus sobre nós.
Por isso celebramos a Santa Ceia em memória dele. Não é um cerimonial ritualístico tradicionalista. Antes é uma celebração que conta com a presença real de Jesus, que festeja uma salvação real, com evidências reais na vida de cada salvo celebrante. E fazemos isso ensinando nosso filhos; que crescem ansiosos por se tornarem participantes desta bênção, tão logo discirnam o que acontece, para comer dignamente a Ceia do Senhor.
O sacrifício do cordeiro, tanto o do Antigo (Ex. 12) quando do Novo Testamento (Cristo) era mais do suficiente para os que participaram dele. Mas eficiente somente para os eleitos do Senhor. Lembre-se que as sobras que poderiam alimentar outros, não poderiam da casa (cf. Ex. 12.10 e 46).
Cristo vindo inverte graciosamente a ordem: Na noite da libertação, o povo israelita saiu livre; mas Cristo, na noite em que foi traído, institui a Santa Ceia, que aponta para a manhã de Páscoa, a manhã da ressurreição, onde todos os tipos do Antigo Testamento se viram finalmente cumpridos. E agora, ao nascer do sol, o Sol da Justiça brilhava ressurreto, cumprindo as promessas de salvação cabalmente... Imagine a cara das “Marias”, quando ouviram pela primeira vez da ressurreição, e as mesmas faces comovidas pela indescritível alegria de ouvir novamente aquela doce e familiar voz a dizer-lhes: “Salve! Não temais! Ide avisar a meus irmãos...” (Mt. 28.10).
Os benefícios da morte salvadora de Jesus, porém, tal como Exôdo 12 indica, são exclusivos: somente aos que crêem! Você não pode participar dos efeitos, benefícios e alegrias advindos da Páscoa, sem fé em Jesus Cristo, “O cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo. 1.29).
O que Cristo fez por você é grandioso, belo, maravilho, redentor, e precisa ser corretamente entendido. A Páscoa cristã festeja a maravilhosa graça da Salvação! Transforme sua Páscoa. Transforme sua vida. Creia e carregue a Páscoa com você, em seu coração!
Feliz Páscoa!
Comentários
Deus o abençoe sempre.
Claudinei