Acredito em Normas Éticas Universais


Cada um na sua... você não tem nada que ver com minha vida... eu faço o que eu quero... cada um com sua verdade... Quem já não ouviu coisa semelhante? Será que já não falaste ou pensaste assim? Se deve existir uma norma ética universal capaz de reunir os particulares espalhados pelo mundo, como fazer para que estas coisas se agrupem num mundo como o nosso?

Começemos admitindo que o estado de coisas a que nós nos submetemos é subversivo. Chegamos a este ponto em nossa cultura ocidental, porque o homem se vê como ago que se originou na impessoalidade, da partícula de energia e mais nada. Somos deixados somente com éticas estatísticas e, neste contexto, simplesmente não há nada que se possa denominar moral propriamente dita. – Francis A. Schaeffer – O Deus que se revela, pg. 64.

Pense um instante: se a norma ética é variável na ordem das variáveis de situações, questões morais pessoais, costumes locais, hábitos, etc; ela simplesmente não é praticável, e qualquer afirmação de que este ou aquele comportamento seja preferível, ou está ERRADO, carece de força persuasiva, pois não há base sobre a qual fazer esta afirmação. Para tanto, haveriamos de precisar de uma base sólida e universal.

Platão sustentava que “se não houver absolutos, não haverá moral”. E Schaeffer torna claro a questão platônica: “aí está a resposta completa ao dilema de Platão: ele gastou todo o seu tempo tentando encontrar um lugar para fixar seus absolutos, mas ele nunca foi capaz de o fazer, pois seus deuses não eram suficientes. Mas temos o Deus pessoal infinito, que tem o caráter do qual todo o mal é excluído, e o seu caráter é o absoluto moral do universo” ( O Deus que se revela, pg. 71.)

Novamente é Schaeffer quem resume esta questão do seguinte modo: “Deixados neste ponto, poderemos falar do que seja anti-social, ou daquilo que a sociedade não aprecia, ou mesmo do que não aprecio, mas jamais poderemos nos referir a algo que seja definitivamente certou ou definitivamente errado”. Entretanto, vivemos um dilema esquisito: vivem rodeados de gurus televisivos que insistem em afirmar que não há uma base única universal, e que portanto, cada um faz sua regra, vive sua vida e age do modo que entende ser o melhor; ao passo que todos nós contamos com comportamentos padrões, enraizados em nossa constituição humana, sobre cuja a base ouve-se também a afirmação do “senso comum”. Afinal, quem não se vê horrorizado pelas mais cruais atrocidades humanas veículadas pela mídia para conhecimento nacional. Todos ficamos enojados porque sabemos que tais atos são grotescamente errados.

Todos os homens carregam em si a chama que acende no peito indicando-nos que estamos agindo certo ou errado. “Estou falando do fato de que os seres humanos sempre sentiram que há uma diferença entre o certo e o errado. Todos os seres humanos têm senso moral. Em tempo algum você encontrará um único homem sem sinal disto”, afirma, mais uma vez, Francis Schaeffer... Até mesmo o mais cruel e desalmado infeliz mortal humano o sabe, mesmo que se renda aos seus instintiso mais animalescos, ele sabe, que o que faz é errado! Mas certo e errado em relação a que? Quem? Qual absoluto?

Ainda que negemos, desconheçamos ou ignoremos, estas evidências mostram inequívocamente que há na constituição humana alguma coisa que nos leva à moral, à uma espécia de norma ética universal que aponta o que está errado e o que está certo. Muitos nomes são dados pelas mais diversas correntes religiosas com vistas a fornecer uma cosmovisão completa que abranja a ética. Entretanto, sem a consideração de Deus e seu caráter como parêmetro universal absoluto, é praticamente impossível delimitar e definir o que é eticamente certo, em termos absolutos e válidos para qualquer pessoa, povo, raça e nação.

A sociedade já sente os tremores que levarão à terrível derrocada, porque ignora a norma ética universal. Sim! A Bíblia, também conhecida como a Palavra de Deus, é onde se pode encontrar a norma ética universal, sobre a qual qualquer povo e nação, e pessoas de que cultura forem, podem buscar uma regra segura de conduta.

Comentários

Milton Jr. disse…
Jônatas,
Quanto à esse assunto, devemos lembrar também das palavras de Paulo à igreja de Roma que explicam o chamado "senso comum". Paulo, ao falar sobre a ação dos gentios que, mesmo sem ter o conhecimento da lei, agiam vez por outra de conformidade com a lei, diz: "Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se" Rm 2.15

Belo post.
grande abraço.
Anônimo disse…
Jonatas, parabens pela simples consideracao do fator etico na interpretacao e uso da palavra de deus, e neste inicio de atividades vejo claramente pessoas usando provavelmente de forma inconciente a palavra de deus para se fazer vitima, ou justificar atitudes de fuga da realidade.
Aparentemente parece simples entender a Etica, mas eu acredito que depende de muita fé para realmente torna-la simples...

Abracos


Gerson