Homofobia, Ku-klux-klan e Cristianismo
A mídia é cheia de surpresas. E mais uma destas se faz ler nas páginas de uma das revistas mais respeitadas do nosso Brasil. Nela, um articulista que, como filósofo e analista social, é um melhor guitarrista, faz saber ao público leitor suas opiniões embrutecidas pela ignorância do pecado, sob a égide da tolerância, dos direitos humanos e da sensibilidade social!
Neste artigo veiculado pela revista, ele chega ao ponto bastante absurdo de comparar uma manifestação pública de cristãos evangélicos em frente ao Senado, com um movimento do passado que é universalmente conhecido pela sua intolerância racial e violência física contra os negros: a Ku-klux-kan! Que se veja o obvio: só a comparação ofende! Não apenas aos que na passeata estavam, mas a todos quantos evangélicos e cristãos que se colocam ou se colocarão contra a lei da homofobia, uma vez que o artigo convida os que discordam a, em constrangedora comparação, refletir sobre suas semelhanças com a seita racista do passado. Constrangidos pelas notas tocadas pelo artigo, alguns evangélicos decidirão que o melhor é mesmo “dançar conforme a música”.
Contudo, não podemos ficar impassivos ante tal demonstração de ignorância e preconceito. Constrangidos, sim, pelo amor de Deus e cativos à sua Lei, Lei do amor, somos aguilhoados pela Sua Palavra , a Bíblia, a dizer que não ouvimos música nenhuma, mas barulho insano de uma mente confusa, que apenas reflete a confusão das mentes modernas afligidas pela falta quase absoluta de valores morais que caracteriza nossa época.
Partindo do pressuposto de que os submissos à Bíblia são predispostos a atacar, inclusive fisicamente, um homossexual, eles tentam se defender deste sentimento de culpa e desobediência que tão tenazmente os assedia. De fato, provérbios já advertia que “fogem dos perversos, sem que ninguém os persiga, mas o justo é intrépido como o leão (Provérbios 28.1). Não é dos evangélicos que eles devem ter medo, mas de Deus! É Ele quem abomina suas práticas, e será Ele quem dará paga às abominações cometidas contra a Lei do Senhor, que diga-se de passagem, é perfeita e restaura a alma!
Os promotores da linha de raciocínio que defende que os direitos dos homossexuais não estão sendo observado, arvoram-se em seus discursos, mas esquecem-se de que vilipendiam direitos já assegurados. Mas primeiro e mais importante, eles ignoram o fato de que estão incorrendo nos equívocos e erros que pretendem denunciar. Observe o exemplo a seguir, que ilustra a questão:
“João era um tipo amigável e tolerante, disposto a conversar comigo sobre o cristianismo, até que surgiu a questão da homossexualidade. Minha aparente falta de tolerância o deixou desconfortável e ele fez questão de dizê-lo:
é isso que me incomoda nos cristãos, ele disse. Vocês parecem agradáveis a princípio, mas depois começam a julga tudo e todos.
E o que há de errado com isso?
Fiz uma pergunta provocativa.
Não é certo julgar outras pessoas.
Se é errado julgar outras pessoas, João, por que você está me julgando?
Esta pergunta o fez parar. João foi pego em seu próprio princípio, e ele sabia disso.
Você está certo – ele admitiu – eu o estava julgando. Meio difícil de evitar.
Ele parou por um momento, coçou a cabeça e se reorganizou.
Que tal isso? Está tudo bem em julga as pessoas, contanto que você não imponha sua moralidade sobre elas – ele disse, querendo pisar em solo mais seguro. É aí que se ultrapassam os limites.
Está bem, João. Posso fazer uma pergunta?
Claro.
Essa é a sua moralidade?
Sim.
Então por que você a está impondo sobre mim?
Muitos se apegam à crença de que toda a avaliação crítica é errada. No entanto, acusam livremente aqueles que expressam suas opiniões críticas de serem intolerantes em relação aos outros. Sendo assim, por que eles podem exercitar seus julgamentos críticos? Ele afirmam tomar uma posição contra os que são críticos, mas eles mesmos permanecem livres para criticar todos quantos discordam deles. Isso é o cúmulo da arrogância! Ele estão certos e todos os demais errados? Na visão deles: fim da discussão!” (D. Patrick Ramsey, Coleâneas de Aconselhamento, Vol.7, 2008, pág. 23).
Quanto aos direitos, uma pausa na celeuma da discussão, para que deixemos da Lei se fazer ouvir (grifos meus):
O Código Penal em vigor é de 1940 e nele nada é mencionado a respeito de racismo ou preconceito. Somente em 1951 é que o assunto entra em tela sob a Lei n. 1390 que encarava o preconceito como infração penal e “punia nos termos dessa lei... o preconceito de raça ou cor”. Mas em 1985, via Lei 7437, houve uma extensão do preconceito para raça, cor, sexo e estado civil. Após a Constituição, no ano de 1989, através da Lei 7716, fica definido como crime, sob pena de 2 a 5 anos de reclusão, o seguinte crime: “Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional.” Ainda neste viés, convém lembrar que no Código Penal, atualmente, existe o crime de injúria racial, conforme reza o Art. 140§ 3º. Neste se lê que fica criminalizado o “dirigir a terceiros palavras referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem, com o intuito de ofender”. A Pena varia entre 1 a 3 anos.
O que se percebe é que os direitos já estão assegurados e as criminalizações almejadas já existem. O que não se sabe, uma vez que o pecado tornou a verdade de Deus em mentira (Romanos 1), é de que sexo está se discriminando? O que se pretende ao comparar a dita manifestação de religiosos com a seita racista? Alertar ou ofender? Vamos cobrir uns direitos para descobrir outros? Como fica o direito quanto à expressão da opinião religiosa? Não estará igualmente errado discriminar, atacar e vilipendiar a religião, que já têm seus direitos garantidos, para assegurar direitos aos que ofendem, discriminam os religiosos (sob a égide de estarem exercendo o seu mesmo direito)? É bom que se ponha a mão na consciência antes de se incorrer em crime JÁ previsto, enquanto tentam impedir que um novo “crime” passe a existir pelas mãos dos legisladores brasileiros...Se o medo é ser agredido, que se criminalize a violência, não a opinião!
O maior crime que se comete é uma violação à Lei régia, Lei de Deus. É o abandono das doces prescrições divinas, substituídas pelas falácias e fábulas caducas e amargas de mentes cativas ao pecado.
Não sei quanto aos que se prestaram ao serviço de protestar à frente do Senado, mas o compromisso do Cristão é com a Bíblia, Palavra inerrante de Deus. E caso não concordem, não há surpresa. Mas que fique claro que a “opinião pública” não é tão “pública” como se pensa. Ainda há brasileiros tementes à Deus cuja consciência e pensamento estão cativos à Palavra; e nossa missão é levar os demais a esta mesma condição, “porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosos em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo... (2 Coríntios 10.5).
Comentários
Deus o abençoe!
Seu amigo de sempre,
Rev. Ricardo Rios.
Tive a oportunidade de conhecer o seu Blog apenas hoje e, posso afirmar que todos os textos que li são realmente de ótima qualidade! Perde tempo quem não lê textos como estes.
Apreciei todos os textos, mas este com destaque! A questão da homossexualidade, assim como tantos outros temas que o mundo impõe como normais, está cada vez mais gritante em nossos dias.
A exemplo do nosso mestre Jesus, devemos amar o pecador, mas repudiar o pecado.
Que o Senhor continue usando seus conhecimentos, sua inteligência e humildade em prol de Sua obra!
Abraços e até mais.
Ana Carolina
Tive a oportunidade de conhecer o seu Blog apenas hoje. E todos os textos que li são de muita qualidade. Perde tempo quem não lê textos como estes.
Chamou-me atenção principalmente este, pois enfatiza como o homossexualismo, assim como outras coisas que o mundo insiste em colocar como normais, está banalizado e tomando cada vez maiores proporções, distanciando mais e mais homens e mulheres da vontade do Senhor.
À exemplo do nosso mestre Jesus, devemos amar o pecador, mas não o pecado por ele cometido.
Que o Senhor possa continuar usando-o com sua sabedoria, conhecimentos e humildade.
Abraços
Carol
IPB Poá