Credo pessoal
Nos primórdios da História do cristianismo já se viu a importância e necessidade de tornar explícito a crença da igreja. Ao formular, então, o "Credos" (credo = do latim: creio) a Igreja proporcionava aos seus a facilidade de explicitar sua fé cristã com palavras concisas e precisas, que evidenciavam suas próprias crenças.
Obviamente, a Igreja Cristã não poderia criar um credo para cada pessoa. Recorrendo então aos ensinamentos apostólicos, ao estudo da Palavra e a instrumentalidade de servos consagrados, nasce o Credo Apostólico. As dificuldades que o tempo e as situações trouxeram exigiram que a Igreja depurasse seus credos, tornasse explícita sua opinião a respeitos de assuntos antes sob pontos pacíficos e abrangesse maior gama de conteúdo, situações, assuntos e celeumas. A criança cresce e dá-se lugar às Confissões de Fé.
Entretanto, a mesma bela e rica história acabou por registrar que nossos mestres e pais do passado escreveram credos pessoais. A Igreja deu o norte, e cada crente o segui a seus próprios passos. Obviamente que a estimulação de criação de credos pessoais pode muito bem acabar por fomentar heresias e falsas crenças. Contudo, creio que cada crente poderia (e até deveria) escrever para si um credo pessoal.
Nele seria possível evidenciar suas crenças pessoas e entendimentos das doutrinas da fé cristã. É bom lembrar que cada artigo deste credo pessoal não estará pautado em crenças subjetivas e entendimentos desprovidos de base bíblica. A idéia é que cada cristão coloque em suas próprias palavras e estilo as verdades ensinadas pelos credos e confissões de fé que nossos pais nos legaram.
"Então, se tiver um credo pessoal poderei abandoar (em qualquer grau que seja) um outro credo ou símbolo de fé?" alguém poderia perguntar... Obviamente que não! Os credos e confissões de fé são resumos teológicos muito bem elaborados e apontam o norte que, cada igreja que os subscreve, segue e observa. Aliás, estes serão os documentos que cada crente deverá usar para manifestar, à sua maneira, sua fé. O credo pessoal deve seguir à risca a idéia magna que as verdades da Palavra são independentes dos meu entendimento subjetivo, sendo determinadas pela própria Palavra da Verdade. Cada credo pessoal deve ser uma expressão pessoal das verdades gerais encontradas na Palavra de Deus, e nos Símbolos de Fé da igreja à qual o crente pertence. Finalizo então com um exemplo prático... Meu credo pessoal! Mas é bom que se lembre: Deus não tem compromisso com sua fé. Deus tem compromisso com a Sua Palavra, e com a fé que brota desta Palavra! - Hermistem Maia Pereira da Costa
Eu sou assim: criado em Adão perfeito e nele caído. Nascido sob pecado, redimido no tempo pelo poder do Espírito que aplicou em mim os merecimentos de Cristo na cruz. Feito servo do Altíssimo pela só vontade perfeita, doce e agradável do soberano e trino Deus, para pastorear o rebanho do Supremo pastor. Chamado para ser marido e pai. Em constante crescimento na graça e verdade, e apesar dos deslizes e erros, sigo em frente, rumo à coroa de glória, deixando as coisas que para trás ficam, na esperança que não frustra da redenção eterna, da presença benfazeja do Salvador e Senhor Jesus. Este sou eu! Alguém cuja vida só encontra sentido e significado aos pés da cruz... salvo isso, não haverá o que escrever, e sem saber quem sou, de onde vim e pra onde vou, só restam as brincadeiras para esconder a frustração e falta de sentido que a vida sem a consideração de Deus traz...
Comentários
Quem dera todos os crentes pudessem fazer sua profissão de fé e o mais importante ser coerente com ela.
A idéia é ótima, vou tentar escrever a minha, quem sabe Deus se agrade dela.
Abraços a todos dai e de todos daqui.
Claudinei, Leo e Letícia
CMM.