Lula e Redenção

Esta semana ouvi uma pérola presidencial que gostaria de analisar. Não é uma daquelas "pérolas" que os comediantes de plantão se apropriam para, à guisa da comicidade e do aspecto jocoso, faltar com o respeito com o Presidente desta República. Antes é uma amostra evidente de uma situação geral e comum, com a qual comungamos sem a devida consciência, e que aponta para uma cosmovisão distante da Bíblia e de Deus.

Mas antes de chegar a ela, atente para estas poucas palavras à seguir:
Uma sociedade não forja indivíduos! Não somos produtos do meio! Não somos pessoas nascidas neutras e que, à medida que a sociedade exercita sua influência direta ou indireta, nos orienta em caráter determinante. Jamais! Estamos mais para o inverso nesta questão: A sociedade é fruto dos indivíduos que a compõe, assim como a cosmovisão de uma sociedade é a comunhão dos ídolos comuns do coração, compartilhados pelos seus integrantes.

Para entender melhor, imagine uma feira. Vamos dar o nome a esta feira de "feira das vaidades". Nela cada banca é a exposição dos ídolos do coração de cada indivíduo. Cada um que passa pode se apropriar do ídolo do seu próximo, e todos são compradores e vendedores. Chega um ponto em que certos ídolos são comuns: todos temos, em menor ou maior grau. Esta é a cosmovisão e a mente do século dominante na sociedade.

Bom, nossa sociedade compartilha o ídolo comum do consumismo. Esta semana ouvi em reportagem jornalistica que nosso presidente se referiu à nossa condição estável em meio à crise desta forma: "O Brasil não sofreu mais por causa dos consumidores. Fomos salvos pelo consumo dos brasileiros". As expressões "salvos" e "consumo" muito me chamaram atenção.
Consumir se tornou um ídolo capaz de redimir: O Brasil foi salvo pelo consumo! Numa releitura do salmo 142, é como se ouvíssemos o ilustre dirigente da nação fazer claro este elemento tácito da nação: "Não fora o consumo que esteve ao nosso lado, o Brasil que o diga; quando a crise se levantou contra nós..."

O ilustre presidente falou ao coração de seu povo dizendo que o ídolo em que depositam a fé é digno de confiança, pois provou seu valor ao redimir o país de uma derrocada econômica maior e livrou-nos de sentir com mais intensidade os efeitos da crise.

Povo de Deus que habita no Brasil, atenção: Mudem-se! Não de pais, mas de habitação... Habitar é mais que morar, é compartilhar dos valores. É pensar junto e concordar com a cosmovisão. Habitemos em Deus, ainda que moradores das terras dos brasis... Nosso coração deve ser adorador, não idólatra; deve buscar em Deus sua razão de ser, sua redenção, e compartilhar da cosmovisão, da ética e dos valores do reino de Deus, cujo Rei é Redentor, até de crises econômicas, sim, mas principalmente e acima de tudo, da profunda crise e da terrível situação em que nos encontramos diante do Deus do Universo. O pecado e suas misérias, ainda que se façam sentir em nossas finanças, é muito mais grave e hediondo do que nos parece, e de todos os seus verdadeiros efeitos e desastres, o Senhor Jesus nos redimiu na cruz!

Se algum brasileiro deste nosso vasto pais foi salvo, não foi pelo consumismo, mas pelo Deus vivo, que nos livrou de uma vida sem propósitos de consumo desenfreado, para uma terra de princípios superiores, que mana leite e mel, para onde todos os redimidos, daqui e do mundo, almejam alcançar e se encontrar. E na glória assim será!

Comentários

Gerson Flavio Mendes de Lima disse…
Muito boa Jonatas !! Parabéns
Gerson Flavio Mendes de Lima disse…
Muito boa Jonatas, um grande abraço