Disciplina para crianças: Começou a campanha
Sim, de férias... mas não inativo.
Descansando regaladamente com minha adorável esposa, assitíamos despreteciosamente à tv, quando vejo o comercial. A propaganda, que não por quantas emissoras será veiculada, apresenta uma mãe tendo um acesso de raiva porque seu filho jogou bola dentro de casa e quebrou um vaso. Ela tem um espelho diante de si, e ai levantar a mão para dar uma "palmada pedagógica",se enxerga, desfigurada, no espelho e diante da cena grotesca que performa, interrompe a "correção materna" e começa a dialogar com seu filho. O corolário aparece no final, informando o público, caso a cena não tenha sido suficientemente clara, que educar com diálogo funciona, e que educar sem bater é preciso.
Isso é o que foi mostrado, mas há mais para ver. E para ajudar aqueles que se interessam pelo tema este post se presta. Por que? Porque a campanha trabalhará a opinião pública, e do modo como se apresenta, as família aceitarão a intromissão do estado em sua ingerência particular, sem ao menos perceber que esta intromissão existe, quanto mais que tal é nefasta e odiosa.
O que precisa ser visto, e que vai além do foi mostrado?
A cena não mostrou se a mãe avisou seu filho antes da quebra do vaso. A cena mostra, sim, que ao perceber a infração, digamos assim, a mãe se transtorna e fica muito claro que a disciplina física nada mais será do que estravazamento de sua ira, que aliás lhe desfigura o rosto (Pv 21.29). Assumindo que o tenha feito, ainda resta a consideração do pecado, ou seja, qual foi o pecado cometido pelo menino.
Mas observe, e com atenção, o que a cena revela: ela mostra bem o que o mundo chama de correção física. Para aqueles que desconhecem por completo a orientação bíblica a este respeito, disciplina física, ou como preferem os entendidos na área, a palmada pedagógica, é uma imposição de castigo físico fruto das frustrações dos pais, medido pela medida da ira que o momento proporciona, sem levar em conta o mérito da questão, isto é, se houve uma ofensa, quem foi o ofendido?, e como o ofensor reparará o dano causado?
A cena repreende o uso do que chamam de agressão física, mas nem por um momento se deu ao trabalho de avaliar a agressão verbal impetrada pela mãe, na cena.
Retornando de meu descanso, já com as energias refeitas, penso que chegou a hora de trabalhar a questão mais à miude, dar minha contribuição ao debate e colocar à prova os argumentos, pois o outro lado já começou a se movimentar, a qualquer ajuda será bem vinda!
Alerto, contudo, que a premissa dos pedagogos está mais que errada, ela é ignorante quanto ao que diz a Bíblia, e ao modo de colocar seus santos mandamentos em prática. De fato, a comoção para erradicar os efeitos das agressões no lar nada mais são do que a falência dos métodos seculares de educação, uma vez defendidos por estes mesmos pedagogos que hoje se nos apresentam como senhores do saber, mestres do ensino.
O gosto que fica na boca é o de um incêndio de proporções catastróficas, que outro alguém começou, mas a culpa é dos cristãos...
Estamos vendo as primeiras faíscas.... já começou.
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