Reflexões Natalinas: Comemore com moderação!


Sim, no natal há muita festa, muita alegria, muita comida e comemoração. Mas este ritmo de natal e estas festas não encontram nem base, nem paridade, nem qualquer tipo de fundamentação bíblica. Perceba que a a festa do nascimento de Cristo foi absolutamente discreta! Nada de luz: a estrela que brilhou foi vista somente por especialistas astrônomos (se fosse tão brilhosa quanto sugerem as famigeradas estrelas natalinas, porque Herodes não foi ele mesmo até onde Jesus estava, se sabia da estrela? Veja: “E perguntaram – os magos – Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorálo. Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes...” Mt 2.2,3), Não teve comida em abundância, como em tantas mesas neste natal haverá; nem mesmo uma reunião familiar aconteceu. antes, na escasses quase total, em faixas inapropriadas para envolver um bebê, em um berço improvisado numa manjedoura, estranhos e desconhecidos aparecem, ofertam presentes sugestivos e alguns párias da sociedade contam que viram o que ninguém mais viu: anjos cantando!


Mas alguém, na contra mão, poderia dizer: mas esta é uma festa cristã! Não podemos deixar o natal de lado; é dia de festa e alegria pois nasceu o Salvador!!! Ok, podemos concordar que seja possível alguma comemoração religiosa para salientar bem o fato da Encarnação do Verbo, cujo objetivo era trazer salvação aos pecadores que nele cressem. Mas temos também que confessar ter o costume de seguir o ritmo deste século e dar demasiada ênfase ao natal.

Se o assunto for comemorações cristãs, a maior festa não se ancoraria nesta data, mas na Páscoa. O que aquele menino da manjedoura veio fazer neste mundo foi consumado na cruz, e a cruz é a concretização do que tipificava a Pascoa.

Agora pense: na Páscoa original, aquela que Moisés e seu povo celebraram (observe a palavra celebrar), aquela registrada em Êxodo 12, esta sim teve muita movimentação. Comida não faltou! A ordem era que cada família tomasse para si um cordeiro (vs 3); mas se a família fosse pequena para um cordeiro, então, convidaria eles seus conhecidos, parente, amigos e vizinhos mais próximos (vs 4). A medida é a mesma do natal moderno: conforme o que cada um puder comer. Carne assada, pão e ervas (vs 8). Foi uma ceia, pois ainda lemos que nada haveria de ser deixado até o amanhecer (vs 8,9). Ninguém comeu sentadinho, mas de pé, de mochilas nas costas por deveriam estar prontos para sair do Egito (vs 11). Estas cenas lembram mais o nosso natal do que nossa páscoa. Quando Jesus substituiu o rito pela “Santa Ceia”, eles estavam celebrando a páscoa (olha a palavra celebrar aparecendo de novo): Mateus 26.18: Em tua casa celebrarei a Páscoa com os meus discípulos... e o vs 26 diz que “Enquanto comiam...”

Não me lembro da palavra celebrar nos relatos do natal, mas ela é facilmente encontrada nos da Páscoa. Com direito a hino e tudo! (Mt 26.30).
Me pergunto então: por que tanta comemoração no natal, e tão pouca na Páscoa?!?! Não pretendo advogar o fim das festividades natalinas ainda; mas por que não celebrar com muito mais vigor e alegria a consumação das promessas de salvação, a redenção de fato, e ser um pouco mais tímidos nas celebrações do nascimento humilde do redentor? Por que não fazer, então, uma Ceia de Pascoa, com os amigos e familiares?

Neste natal, dê peso certo em seu coração às coisas espirituais e ponha na sua agenda uma festa à mais no seu ano. Neste natal, não se venda enquanto compra seu presente! O maior presente de Deus aos homens não está na manjedoura, mas na cruz! Neste natal, lembre-se disso... e quem sabe, você realmente tenha um bom natal: consciente, espiritual, feliz... verdadeiro! Deus vos abençoe grandemente.

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